Trecho do Rio Capivari que desagua no mar.

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sexta-feira, 8 de maio de 2009

Diário Catarinense - MATÉRIA SANEAMENTO NA ILHA

O esgoto que vai para o mar

A matéria desta sexta no Diário Catarinense, incia com a narrativa de uma familia que vive na Vargem Grande, destacando em seguida o gravíssimo problema da poluição de Ingleses. Também narra a AUDIÊNCIA PÚBLICA da CMF desta quinta em Ingleses, segue alguns trechos da matéria:

Quando a auxiliar de serviços gerais Ivone Barbosa, de 53 anos, saiu do Paraná há cinco anos, em busca de melhores serviços de saúde para o seu marido, não imaginava as dificuldades que a sua família enfrentaria na Capital catarinense. A dois metros da casa onde vive, no Bairro Vargem Grande, Norte de Florianópolis, o Rio Papaquará, que recebe o esgoto doméstico de dezenas de casas, já inundou sua residência quatro vezes. A situação do rio que passa em frente à casa da família de Ivone não é uma exceção no Estado. A falta de esgoto é tão grave que Santa Catarina apresenta o segundo pior índice em cobertura de saneamento do país, à frente apenas do Piauí.
Um diagnóstico da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes) revela que são lançados 576 milhões de litros de esgotos por dia nos mananciais do Estado, e que somente 9,95% da população catarinense possui tratamento de esgoto.
(...)
A construção de dois novos emissários submarinos, na Praia dos Ingleses, no Norte da Ilha, e outro ainda sem local definido no Sul da Ilha, tem provocado a reação dos moradores da Capital que não acreditam na eficiência das tubulações submersas que pretendem lançar no mar o esgoto tratado dos moradores.

Ontem à noite, os moradores do Norte da Capital realizaram uma audiência pública em defesa do Rio Capivari, que há anos vem sofrendo com o despejo de esgoto doméstico. De acordo com o advogado Alfredo Koerich, um dos líderes da mobilização que já reúne 38 entidades da região, os emissários submarinos são polêmicos pelas suas consequências.

– Já esperamos 12 anos para a implantação de 14 quilômetros da rede que é apenas um terço do esgoto dos Ingleses. É preciso uma fiscalização rigorosa sobre os condomínios residenciais, hotéis e residências. Este rio faz a diferença entre o desenvolvimento e o atraso, a saúde e a doença da nossa comunidade – defendeu.

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