Trecho do Rio Capivari que desagua no mar.

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segunda-feira, 29 de junho de 2009

Seção DIÁRIO DO LEITOR - DC 28 de junho de 2009

Aquífero

Foram necessárias dezenas de cartas e artigos publicados no DC para, finalmente, a Casan vir a público (Diário do Leitor edição de 24 de junho de 2009) discutir as maiores aflições do Norte da Ilha de Santa Catarina, que são: o sério risco de contaminação do aquífero (por infiltração de esgoto), que fornece água a todas as praias da região, e a ausência do Sistema de Esgoto dos Ingleses, que provoca a poluição da Bacia do Capivari. É claro que sabemos que existe algum custo operacional para a extração da água do aquífero e nem podemos imaginar que não seja clorada. A questão a que nos referíamos é o fato de que a Casan não precisou fazer enormes investimentos numa adutora. Bastou instalar as motobombas para obter água do melhor aquífero de Santa Catarina.

Quanto à vazão máxima permitida para extração do aquífero, não temos informação de que constou do estudo técnico o cadastramento das centenas de ponteiras particulares, para a real verificação do balanço hídrico do aquífero.

A afirmativa de que a legislação ambiental “não exige tratamento secundário nem desinfecção do efluente final tratado” não é compartilhada pela Fundação de Meio Ambiente (Fatma), órgão ambiental responsável pela autorização de funcionamento que, ao contrário da Casan, cita as leis e resoluções regulando a matéria com essa exigência, ou seja, não deve ser somente acondicionado, mas tratado.

A Casan esqueceu de dizer, entre outras coisas, que o processo de licenciamento que se encontra tramitando na Fatma é para atender apenas a 13 mil pessoas, quando em Ingleses durante o inverno temos 45 mil moradores e no verão, quando aqui chegam milhares de turistas, a população chega a cerca de 110 mil pessoas. A Casan deve abandonar as desculpas e providenciar as condições necessárias para o efetivo funcionamento do Sistema de Esgoto dos Ingleses e evitar com isso a contaminação do aquífero.

Alfredo Koerich Advogado - Florianópolis


Seção DIÁRIO DO LEITOR - DC 24 de maio de 2009

Aquífero

Sobre carta do senhor Alfredo Koerich, a Casan esclarece:

A extração da água do aquífero de Ingleses tem custo, não é de graça. Para retirar a água dos poços necessitamos de energia elétrica, que move as motobombas. Para atender à legislação necessitamos tratar a água na estação com cloro. Para distribuí-la, a bombeamos até os reservatórios. Para esta água chegar às torneiras há custo, e esse custo é aplicado na tarifa. Quanto à vazão máxima de água permitida para extração do aquífero, é fruto de estudos técnicos que originaram um Termo de Ajuste firmado com o Ministério Público.
A Casan dimensiona seus projetos de esgotamento sanitário obedecendo às normas técnicas e legislação ambiental, que não exige tratamento secundário nem desinfecção do efluente final tratado. Para o início da operação do Sistema de Esgoto dos Ingleses há necessidade de licenciar-se a solução encontrada para destino do efluente final tratado na Estação de Tratamento, que é o emissário submarino. O processo de licenciamento encontra-se tramitando na Fatma, que deverá convocar em breve as audiências públicas.

A obra do Sistema de Esgoto dos Ingleses foi iniciada em 1997, prolongando-se até 2001, quando foram assentados 16 Km de tubulações e instaladas 1.300 ligações domiciliares. Após 2001, a Casan esteve em crise administrativa, fato que culminou com a completa paralisação de várias obras, inclusive a dos Ingleses. Em 2006, saneamos financeira e administrativamente a empresa, o que possibilitou retomar a obra com recursos próprios e finalizar a primeira etapa com a construção da Estação de Tratamento de Esgotos, que aguarda o emissário submarino para operar.

Fábio Krieger Engenheiro, gerente de Construção da Casan - Florianópolis


Qual sua opinião sobre o emissário submarino que a Casan quer implantar na costa de Ingleses?

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